APOSTILA DE CIÊNCIAS 101 – 2ºBIMESTRE
AULA1: Os principais nutrientes e a obtenção deles de acordo com o ambiente;
Precisamos de energia para manter a temperatura do corpo elevada, crescer, pensar, movimentar-se ou se relacionar com o ambiente. A fonte dessa energia são os alimentos que você ingere a cada dia:
- carboidratos - 1g = 4 Kcal doces e farinhas principal é energética, mas também estrutural, sua forma mais simples é a glicose (C6 H12 O6)
- lipídeos - 1g = 9 Kcal gorduras e óleos Principal função é reserva de energia, isolante térmico, estrutural e hormonal, glicerol é sua forma mais simples.
- proteínas - 1g = 4 Kcal carne, soja, leite Têm função catalítica, Hormonal. construtora e também energética, sua forma mais simples são os aminoácidos.
No frio o gasto energético é maior que no calor, porque o organismo se esforça mais para manter a temperatura corporal dentro dos padrões de normalidade.
O aproveitamento desses alimentos requer, primeiramente, a quebra e a separação de tais substâncias em partes menores para que ocorra a sua assimilação e eventual armazenamento, que se dá em órgãos como fígado (carboidratos), músculos (carboidratos) e tecido adiposo (lipídeos) e tem como objetivo utilizá-las para a obtenção de energia. Os principais substratos energéticos são lipídeos e carboidratos, que uma vez transportados às células, podem ser utilizados para gerar um composto de alta energia chamado ATP (trifosfato de adenosina).
Você pode pensar no ATP como “a moeda energética da célula”, ou seja, aquilo que contém a energia que a célula gasta para se manter viva e cumprir suas funções.
A conversão mais eficiente de alimento em ATP é a oxidação, um processo que ocorre nas organelas celulares chamadas mitocôndrias, e que requer grandes quantidades de oxigênio. Por isso precisamos obter oxigênio por meio da respiração
A grande variedade de espécies de seres vivos muitas vezes se diferenciam entre si pelo modo de obtenção de energia.
- Autotrofia: é o nome dado à qualidade do ser vivo de produzir seu próprio alimento através de reações. Os seres vivos com essa característica são chamados de autótrofos ou autotróficos.
1)Plantas, algas e bactérias fotossintetizantes: Fazem fotossíntese, que é o processo pelo qual a energia luminosa é transformada em energia química.
2)Bactérias que oxidam compostos inorgânicos como amônia, ferro, nitrito e enxofre: Fazem quimiossíntese, utilizando energia química proveniente da oxidação de substâncias inorgânicas para produzir energia.
- Heterotrofia: é o nome dado à qualidade do ser vivo que não possui a capacidade de produzir glicose a partir da fotossíntese ou quimiossíntese e por isso se alimenta de outros seres vivos autótrofos, direta ou indiretamente. Os seres heterótrofos ou heterotróficos necessitam de outro ser para se alimentar e sobreviver. São todos os seres que não são autotróficos.
AULA2: Sistema Digestório e alimentação sadia e problemas digestórios;
Formado pelo tubo digestivo e suas glândulas anexas (salivares, pâncreas e fígado) e tem como função retirar dos alimentos ingeridos os nutrientes necessários para o desenvolvimento e a manutenção do organismo.
A digestão é o conjunto de reações químicas, que transformam substâncias complexa em outras mais simples, para que possamos absorvê-las. Ela retira os nutrientes e as calorias dos alimentos ingeridos.
O primeiro passo deste complexo ocorre na boca, onde o alimento é triturado pelos dentes na mastigação e umedecido pela saliva. Nesta região se inicia a digestão do alimento, processo que se continua no estômago e termina no intestino delgado, onde o alimento é transformado em seus componentes básicos, que são assim absorvidos. No intestino grosso há absolvição de água, e conseqüentemente as fezes tornam sólidas.
A microbiota intestinal, chamada de Flora Intestinal é o grupo de bactérias que vivem no intestino, auxiliando em vários processos, como a digestão de alimentos e monitorando o desenvolvimento de microorganismos que causam doenças. Ela é fundamental para manter a saúde do organismo e prevenir problemas que possam causar patologias futuras. Existe uma diversidade enorme de bactérias espalhadas no sistema digestivo, utilizando o corpo humano como hospedeiro e nos ajudando a prevenir doenças como colesterol elevado.
O tubo digestivo é formado por:
1- Boca : É a porta de entrada dos alimentos no tubo digestivo é onde localizam-se os dentes, a língua e desembocam as glândulas salivais. Nela ocorrem transformações mecânicas (pela ação dos dentes e da língua, durante a mastigação) e químicas (pela atividade enzimática da saliva). Local aonde ocorre a digestão de alguns açúcares.
2 - Faringe: Tubo oco que liga a boca ao esôfago e também as fossas nasais á laringe. Logo, a faringe é um órgão comum ao sistema digestivo e respiratório.
3 - Esôfago : Tubo que empurra o bolo alimentar para o estômago.
4- Estômago: É forrado por uma camada denominada mucosa gástrica, responsável pela produção de muco protetor e onde se alojam as glândulas gástricas, produtoras do suco gástrico , contendo ácido clorídrico e enzimas digestivas (suco gástrico). É o local aonde ocorre a digestão das proteínas.
5- Intestino delgado: Nele atua o suco pancreático (do pâncreas) e a bile (do fígado), terminando o processo de digestão de açúcares e lipídeos (gorduras) as moléculas alimentares são então absorvidas no sistema digestivo e vão para o sistema circulatório.
6- Intestino Grosso: O que sobrou do bolo alimentar chega nesse órgão, o qual vai reabsorver água. O material não digestivo, como as fibras, formaram as fezes, que serão eliminadas do organismo pelos anus.
*Na indigestão breve, podemos nos sentir estufados depois de uma refeição opulenta, daí sentirmos certo alívio depois de eliminarmos alguns "arrotos". Uma parte do ar arrotado provém do próprio ar engolido e uma outra parte, significativa, resulta das reações químicas nos estômago e também da ingestão de bebidas gaseificadas. Uma indigestão mais persistente pode ocasionar graves problemas de saúde que estão ligados à produção excessiva de ácido pelo estômago. Assim, se "a válvula" que separa o esôfago do estômago estiver com problema, o suco produzido pelo estômago pode subir para o esôfago, provocando sensação de "queimação", que pode se irradiar até a garganta. À noite, esse fato costuma ser um problema, pois prejudica o descanso. O refluxo constante de ácido e pepsina no esôfago pode provocar uma inflamação conhecida como esofagite. Além disso, a indigestão mais persistente pode ocasionar uma doença muito disseminada na população, a úlcera, que são rupturas na superfície de um órgão ou tecido inflamado ou não.
AULA3: A importância da Respiração e os tipos;
Sua principal função é garantir as trocas gasosas com o meio ambiente para que seja produzido ATP (energia).
1)Respiração celular é a liberação de energia em forma de ATP. O processo converte ligações químicas de moléculas ricas em energia que poderão ser usadas nos processos vitais. Ela pode ser de dois tipos:
1.a)respiração anaeróbia: Encontrado em alguns procariontes (bactérias), estes organismos podem ser anaeróbios obrigatórios, capazes de realizar estes processos apenas na ausência de oxigênio, ou anaeróbios facultativos, capazes de produzir energia na presença ou ausência de oxigênio.
Ela utiliza uma cadeia de transporte de elétrons, que usa como aceptor (substância que recebe) terminal de elétrons substâncias como: nitrato, sulfato, enxofre, dióxido de carbono e outras moléculas. A respiração anaeróbica produz menos energia do que a respiração aeróbia, porque estes aceptores de elétrons alternativos não são tão eficientes como o oxigênio. O ciclo de formação de energia pela respiração anaeróbica produz 4 ATP, no total. Sendo que 2 ATPs são gastos no próprio ciclo, logo há uma produção de energia final de 2 ATPs.
* A fermentação: É um processo anaeróbio de síntese de 2 ATPs por molécula de glicose. As reações químicas da fermentação são equivalentes às da glicólise.
- Fermentação alcoólica: as duas moléculas de ácido pirúvico produzidas são convertidas em álcool etílico (também chamado de etanol), com a liberação de duas moléculas de CO2 e a formação de duas moléculas de ATPs. O homem utiliza os dois produtos dessa fermentação: o álcool etílico empregado há milênios na fabricação de bebidas alcoólicas (vinhos, cervejas, cachaças etc.), e o gás carbônico importante na fabricação do pão, um dos mais tradicionais alimentos da humanidade. Mais recentemente tem-se utilizado esses fungos para a produção industrial de álcool combustível.
- Fermentação Lática: Os lactobacilos (bactérias presentes no leite) executam fermentação lática, em que o produto final é o ácido lático. Para isso, eles utilizam como ponto de partida, a lactose, o açúcar do leite, que é desdobrado, por ação enzimática que ocorre fora das células bacterianas, em glicose e galactose. A seguir, os monossacarídeos entram nas células, onde ocorre a fermentação. O sabor azedo do leite fermentado se deve ao ácido lático formado e eliminado pelos lactobacilos. O abaixamento do pH causado pelo ácido lático provoca a coagulação das proteínas do leite e a formação do coalho, usado na fabricação de iogurtes e queijos.
Há também a produção de ácido lático nos músculos de uma pessoa, em ocasiões que há esforço muscular exagerado. A quantidade de oxigênio que as células musculares recebem para a respiração aeróbia é insuficiente para a liberação da energia necessária para a atividade muscular intensa. Nessas condições, ao mesmo tempo em que as células musculares continuam respirando, elas começam a fermentar uma parte da glicose, na tentativa de liberar energia extra. O ácido láctico acumula-se no interior da fibra muscular produzindo dores, cansaço e cãibras. Depois, uma parte desse ácido é conduzida pela corrente sanguínea ao fígado onde será metabolizada.
1.b)respiração aeróbia:
Respiração aeróbia: É utilizada principalmente por animais e vegetais, além de algumas bactérias, fungos e protozoários.
É o processo pelo qual a célula degrada compostos orgânicos (carboidratos) para obtenção de energia metabólica armazenada na molécula de ATP, com produção de compostos inorgânicos dióxido de carbono (CO2) e água (H2O). Ela utiliza uma cadeia de transporte de elétrons, que usa como aceptor terminal de elétrons o Oxigênio.
Equação geral da respiração aeróbia:
C6H12O6 + 6O2 → 6CO2 + 6H2O + energia(ATP)
A respiração aeróbica pode ser dividida em três etapas que no total fornecem 38ATPs:
a)Glicólise: Ocorre no hialoplasma da célula. São utilizadas 2 moléculas de ATP para ativar o catabolismo da molécula de glicose, porém são formadas 2 moléculas de NADH, 4 ATP e 2 moléculas de piruvato.
Portanto, o saldo energético somente da cadeia respiratória é de:
4 ATP + 2 NADH – 2 ATP → 2 ATP + 2 NADH
b)Ciclo de Krebs: Ocorre na matriz da mitocôndria. A partir dessa etapa todo o resultado deve ser dobrado (duplicado), essa consideração é conseqüente do ciclo de Krebs envolvendo cada molécula de piruvato.
Assim, são formadas 4 moléculas de NADH, 1 de FADH2 e 1 de ATP em cada ciclo.
2 x (4 NADH + 1 FADH2 + 1 ATP) → 8 NADH + 2 FADH2 + 2 ATP
c)Cadeia respiratória: Ocorre na membrana interna da mitocôndria. Etapa de conversão das moléculas de NADH e FADH2 em moléculas de ATP, quando os prótons H+ por difusão são forçados a passar pela proteína sistetase ATP (enzima transmembranar) restituindo ADP em ATP.
2 NADH da glicólise → 6 ATP
8 NADH do ciclo de Krebs → 24 ATP
2 FADH2 do ciclo de Krebs → 4 ATP
Total: 34 ATPs.
2)Respiração sistêmica é um processo fisiológico do nosso organismo que consiste em: Respirar o oxigênio que está na atmosfera através das nossas narinas, depois eles vão até o pulmão onde ocorre a troca entre o oxigênio do pulmão e o CO2 do sangue, daí o sangue é levado através das artérias para os tecidos do nosso corpo, e os tecidos são formados por células, e quando o oxigênio chega nelas elas fazem a respiração celular.
AULA4: Sistema Respiratório e problemas respiratórios
Esse sistema é formado pelos órgãos:
1) Fossas nasais: são duas cavidades, que começam nas narinas e terminam na faringe. No teto delas existem células sensoriais, responsáveis pelo sentido do olfato. Têm as funções de filtrar, umedecer e aquecer o ar.
2)Faringe: é um canal comum aos sistemas digestivo e respiratório O ar inspirado pelas narinas ou pela boca passa necessariamente pela faringe, antes de atingir a laringe.
3) Laringe: A entrada da laringe chama-se glote. Acima dela existe uma espécie de “lingüeta” de cartilagem denominada epiglote, que funciona como válvula. Quando nos alimentamos, a laringe sobe e sua entrada é fechada pela epiglote. Isso impede que o alimento ingerido penetre nas vias respiratórias.
* Neste local encontramos o “pomo-de-adão” nos homens.
4) Traquéia: é um tubo que bifurca-se na sua região inferior, originando os brônquios, que penetram nos pulmões. Nele se aderem partículas de poeira e bactérias presentes em suspensão no ar inalado.
5) Pulmões: Dentro dele encontramos os brônquios, que ramificam-se dando origem a tubos cada vez mais finos, os bronquíolos. Cada bronquíolo termina em pequenas bolsas recobertas por capilares sangüíneos, denominadas alvéolos pulmonares, que tem como função trocar o oxigênio vindo do ambiente com o gás carbônico do sangue.
* São exemplos de doenças desse sistema:
- Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica: Esta é uma doença crônica, progressiva e irreversível que afeta os pulmões. É mais comum em indivíduos do sexo masculino com idade avançada, sendo que também é frequente sua observação em indivíduos que já tiveram tuberculose. Fatores que levam ao aparecimento da DPOC relacionam-se ao tabagismo, vindo em seguida o fumo passivo, exposição à poeira por longos anos, poluição do ambiente e, em certos casos, fatores genéticos.
- Bronquite Crônica:
A bronquite crônica é definida como uma inflamação dos brônquios. Geralmente, surge depois de 20 a 30 anos de exposição dos brônquios a fatores irritantes, como o tabaco, poluição do ar, entre outras fontes. Sua ocorrência é mais comum em mulheres do que em homens.
- Enfisema Pulmonar: Esta é uma doença crônica, na qual ocorre destruição gradativa dos tecidos pulmonares, passando estes a ficarem hiperinsuflados. Normalmente sua etiologia reside na exposição prolongada ao tabaco ou produtos químicos tóxicos.
- Asma: uma afecção (modificação) pulmonar caracterizada pela inflamação das vias aéreas, que leva à diminuição ou até mesmo obstrução do fluxo de ar. Sua fisiopatologia está ligada a fatores genéticos e ambientais, manifestando-se por meio de crises de falta de ar.
- Câncer de Pulmão: O câncer de pulmão é um dos tumores malignos mais comuns, sendo que sua incidência no mundo todo vem aumentando 2% a cada ano. A mortalidade por esse tipo de neoplasia é muito elevada e o prognóstico está relacionado à fase em que é diagnosticado. O principal fator de risco para o aparecimento dessa neoplasia é o tabagismo.
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